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Por WALLACE CARVALHO
RIO DE JANEIRO - A apresentadora Ana Hickmann nasceu na Record. Alguns dizem que por sugestão de Adriane Galisteu. Ela jura que seu "descobridor" foi Paulo Henrique Amorim, por quem tem profunda gratidão. Dos breves comentários de moda no extinto "Tudo a Ver", a ex-modelo se tornou apresentadora, de fato, ao assumir o comando do "Hoje em Dia".
Ao lado de Britto Jr. e Edu Guedes, a loira se firmou como comunicadora devido ao seu empenho e disciplina. Ana soube aproveitar a oportunidade dada pela direção da Barra Funda como poucos. O sucesso do matinal ajudou a acelerar a transformação da moça de aposta a estrela.
Os elogios da crítica ao trabalho de Hickmann passaram a pipocar na imprensa no momento em que as relações de Eliana com o canal começaram a azedar. Resultado: Ana foi escalada para a guerra dominical ao substituir a loira no "Tudo é Possível".
O que deveria ser a cereja do bolo de sua carreira, na verdade, marcou o início de sua derrocada. A estrela errou ao confiar demais na direção da emissora que lhe lançou no mercado. Transformou o antigo programa de Eliana em uma produção sem foco, que passou a topar tudo para fisgar a audiência.
Sob seu comando, "Tudo é Possível" se desconfigurou na vã tentativa de imprimir a marca de Ana Hickmann. A equipe tentou de tudo por ali até desgastar a fórmula ao máximo. Além de perder seu perfil, o projeto perdeu prestígio, audiência e patrocinadores. A solução encontrada foi cancelar a atração.
Sob seu comando, "Tudo é Possível" se desconfigurou na vã tentativa de imprimir a marca de Ana Hickmann. A equipe tentou de tudo por ali até desgastar a fórmula ao máximo. Além de perder seu perfil, o projeto perdeu prestígio, audiência e patrocinadores. A solução encontrada foi cancelar a atração.
Mas, o que fazer com uma estrela do porte de Ana? No time feminino, a apresentadora equivale ao peso de Rodrigo Faro para o canal. Com uma dose a menos de prestígio. Fruto de sua imagem desgastada por conta de atitudes intempestivas. Vide a polêmica com Adriane Galisteu por conta de seu conselho sobre maternidade.
Para tentar alavancar a audiência vespertina e dar um prêmio de consolação para a musa, a Record a escalou para o "Programa da Tarde", acreditando que repetir a parceria com Britto Jr. seria suficiente para fazer da atração o novo "Hoje em Dia". Ledo engano.
Na maioria da vezes, a impressão que se tem é de que a apresentadora não está à vontade no palco, apesar de trabalhar ao lado de amigos pessoais. O programa em si é uma tremenda bola fora da emissora. Apesar de seu formato calcado no sensacionalismo, o vespertino só chama atenção pelas gafes de Ticiane Pinheiro.
Com os rumores de que atração não deve passar deste ano, o destino mais provável de Ana será o "Hoje em Dia". Seu retorno ao matinal, contudo, esbarra em dois pontos que não são considerados bem vistos para sua carreira.
O primeiro diz respeito à suposta rixa entre ela e Chris Flores, atual apresentadora do programa. É fato que ela existe e que, mais cedo ou mais tarde, uma das duas terá de deixar o projeto. E tal missão caberá a Chris, por ser o lado mais fraco da corda.
O segundo é que seu retorno ao "Hoje em Dia" seria um retrocesso em sua carreira e só deixaria evidente que uma das maiores estrelas da casa está em declínio. Apesar disso, o matinal parece ser a única luz no fim do túnel. Seria o caso de recomeçar?
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